Atualizado: 24/11/2011 23:05
Para prefeito, movimento é odioso e comparável a defender Hitler
Guilherme Lisboa
Prefeito da Cidade de Barueri/SP- Rubens Furlan - Foto Jornal Folha de Alphaville |
A crescente onda de discussões sobre a emancipação de Alphaville, sobretudo em redes sociais como o facebook, tem provocado polêmica nas últimas semanas e agora ganha novo episódio, com o revide do prefeito Rubens Furlan (PMDB) contra os moradores que agitam as manifestações. Em entrevista à Folha de Alphaville, ele atacou as articulações do grupo e disse que os participantes, que são minoria, são segregadores e “pessoas que não interessam para o mundo”.
“Quem faz isso é daqueles tipos nazistas, aquele pessoal que quer segregar uma classe em detrimento das outras. São pessoas que querem acumular o dinheiro para elas”, disparou. “Quem lidera ou fala num movimento desses é odioso, é o mesmo que falar que Hitler era um líder do bem, quando, na verdade, era a incorporação do mal”, continuou.
O prefeito fuzilou especialmente os moradores que conduzem a onda emancipacionista, chamando-os novamente de segregadores. “Quem lidera esse movimento pensa que é o quê? Não é absolutamente nada e merece o meu desprezo, o da população de Alphaville e não só de toda Barueri, como também da região e até mesmo do Brasil”, indignou-se.
Além disso, Furlan chegou a dizer que os envolvidos na polêmica querem “se aparecer” acima de tudo. “Eu nem dou confiança para esse tipo de gente e lamento por eles estarem aqui em Alphaville. Gostaria que fossem embora para a cidade que mais os agradasse e deixassem nós vivermos em paz e prósperos como tem sido”, vociferou.
Furlan também comentou as principais críticas dos insatisfeitos com o vínculo de Alphaville à administração municipal, ou seja, os engarrafamentos constantes, a falta de infraestrutura e o “boom” imobiliário. Ele disse que “o restante de Barueri não tem negado nada a Alphaville” e citou a construção de escolas no bairro e os investimentos no trânsito. O prefeito questionou como os integrantes do movimento acreditam que poderão se isolar do entorno após um eventual desmembramento, já que é o trabalho que liga o bairro ao restante da região.
Plebiscito
A inviabilidade jurídica do desmembramento de Alphaville em relação a Barueri e Santana de Parnaíba também foi lembrada pelo prefeito. Ele disse que, ainda que fosse realizado um plebiscito para consultar a população sobre a emancipação, a cidade inteira teria que ser consultada. “Belval, Silveira, Vale do Sol, todos os bairros teriam que dizer que autorizam, e nós não autorizamos”, frisou.
Se fosse factível, o plebiscito teria que abranger a totalidade da população das duas cidades, mas isso não é possível devido à condição de Alphaville como bairro. Furlan também lembrou dos investimentos em todos os setores, com destaque para a educação, saúde e obras. “Barueri tem tido destaque em vários índices econômicos e é isso que devemos considerar. Todos querem viver numa cidade desenvolvida, que gera emprego e renda para milhares de pessoas da própria cidade e da região”.
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